quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Reunião extraordinária discute modelo de gestão do INCA

Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira, dia 27, a
direção-geral do INCA convocou profissionais em cargos de coordenação,
direção e chefias administrativas para tratar de assunto de primeira ordem:
a busca por uma solução para adequar as ações de gestão às necessidades do
Instituto.

O objetivo foi levar à comunidade INCA a discussão - dentro do atual
processo de transição que abrange a convocação de novos servidores e o
reposicionamento da parceria com a Fundação do Câncer depois da realização
de novo contrato – de alternativas que viabilizem modelo de gestão capaz de
atender as diversas demandas do Instituto que, ao longo do tempo, foram
ampliadas dentro da política nacional de controle do câncer e do SUS.

O tema principal foi a falta de perspectivas do sistema de gestão pública
de RH em dar agilidade aos desafios que se apresentam, sobretudo, na
manutenção das ações do INCA, com a perda crescente da mão de obra
qualificada e a iminente massa de aposentados somadas a dificuldade em
recompor em tempo hábil a força de trabalho - mesmo com a realização dos
sempre fundamentais concursos públicos.

Como explicou o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini: “Há um
anacronismo evidente na gestão pública de RH no Brasil, que está
subordinado à incapacidade de gerar uma solução nova, viável, permanente,
que possa fazer frente aos desafios atuais enfrentados pelas instituições
de saúde. Existe uma contínua falta de perspectiva para enfrentar esta
questão e responder com eficácia e resultado aos desafios que se colocam ao
INCA. O nosso processo de transição, por exemplo, é complexo, pois ao mesmo
tempo em que temos a ótima possibilidade de admitir servidores, enfrentamos
uma restrição por parte dos órgãos de controle em relação à parceria com a
Fundação. Além disso, ainda não nos foi permitida a chance de ocupar todos
os nossos perfis”.

Na reunião, foi apresentado um retrato administrativo do INCA sob diversos
aspectos, inclusive a realidade em relação à questão de RH: nos próximos
quatro anos, 900 funcionários (quase 25% da força de trabalho) atingirão a
faixa de aposentadoria, sem garantia de reposição. Também há a questão dos
781 profissionais mantidos por mais um período pelo atual contrato com a
Fundação do Câncer – que quando findo irá inviabilizar diversos serviços
sem previsão de uma solução rápida.

O intuito da direção-geral com o encontro foi iniciar processo para ouvir a
comunidade INCA e avaliar conjuntamente soluções para este desafio. Ao
grupo que participou da reunião serão apresentadas propostas de modelo de
gestão já existentes no serviço público. Todo o processo será levado ao
conhecimento das respectivas equipes. O objetivo é ter, nos próximos dois
meses, uma proposta consolidada. “A opção será feita conforme a necessidade
do INCA e sob a total orientação do Ministério da Saúde e do Ministério do
Planejamento”, explicou Santini.

Ressaltando que o maior patrimônio do INCA é a sua força de trabalho, o
diretor-geral lembrou os esforços dos últimos anos para completar o quadro
funcional, mas que não foram suficientes para repor a mão de obra diante de
um sistema que analisa o Instituto sob a ótica hospitalar. “Há muitos anos
tentamos realizar o concurso, que só foi conseguido em 2009 com a chegada
de 1.300 funcionários a partir de março de 2011. Mesmo assim, o concurso
não preencheu nem as nossas expectativas quantitativas nem todos os perfis
que precisávamos. Ao longo dos anos, o INCA criou condições de alcançar
todos os objetivos colocados pela política nacional de controle câncer.
Muitas vezes, o perfil de unidade hospitalar não comportou todas as nossas
atividades. Para atender a esta demanda e incrementar as ações de
assistência foi necessário criar condições de atendimento, apesar das
limitações. A criação da Campanha Nacional de Câncer e posteriormente da
Fundação Ary Frauzino foi uma forma de resolver
parte deste problema. Foi a opção para viabilizar o INCA de hoje”.


Intranet - INCA

6 comentários:

  1. Com a mudança nas regras de aposentadoria dos servidores federais os pedidos de aposentadorias aumentarão e serão antecipados por muitos no INCA. Serão muitas vagas além das aludidas na notícia, além de já existem muitos terceirizados. Portanto, o concurso deve ser prorrogado já.

    A denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pode ser feita por qualquer um e quem quiser pode fazê-lo de forma anônima. O site é esse:
    http://portal.mpt.gov.br/wps/portal/MPT/servicos/denuncia

    Em Denunciante basta marcar Estado/Região como RJ e quem quiser nem precisa se identificar (basta manter em sigilo).

    O MPT, através de ações, já obteve sucesso na prorrogação de outros concursos.

    Devemos continuar obtendo respostas e exigindo ações de todos os órgãos possíveis.

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    1. Você pode me enviar o seu e-mail com telefone para conversamos?
      O grupo está marcando um encontro no AFINCA na próxima quinta-feira, para começar um grande manifesto.

      Meu e-mail: jorgehenriqu@yahoo.com.br

      Jorgeh

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    2. Jorge mandei email pra vc e não obtive resposta. Gostaria muito de entrar nesta luta. Por favor me responda sissamorim@yahoo.com.br passei em 68º para téc de farmácia. Please.....me responde

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  2. Gostaria de manter contato e participar. meu e-mail é livia_do@hotmail.com. Precisamos nos mobilizar e pedir apoio desses orgãos.

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  3. Vocês podiam querer trabalhar, ao invés de manifestação.
    O INCA está um caos... Nada funciona direito desde a entrada dos concurseiros. Dos 30 que conheci, somente 2 tem vontade de aprender e trabalhar, os outros só reclamam de tudo.
    Lamentável para Instituição, lamentável para os contribuintes e mais lamentável ainda para os pacientes.
    Vamos fazer com que o INCA seja 100% público, mas com profissionais comprometidos e no mínimo com boa vontade profissional.
    Sim aos consursados e abaixo aos concurseiros.

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    1. O problema é que não estão chamando nem os concurseiros e nem os concursados.........

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